quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Rapidinhas

O Supremo Tribunal Federal começou a julgar nesta quarta-feira (30) uma ação que pede o fim da obrigatoriedade da classificação indicativa de programas de rádio e TV.
A ação do Partido Trabalhista Brasileiro questiona a constitucionalidade do artigo do Estatuto da Criança e do Adolescente, que estabelece a classificação indicativa de programas de rádio e televisão. Pelo estatuto, cabe ao governo determinar o horário adequado de exibição de programas, de acordo com a faixa etária.
Na ação, o PTB afirma que a atual classificação indicativa fere a liberdade de expressão, argumento rebatido pela Advocacia-Geral da União, que diz que o artigo não dá ao governo o poder de interferir na programação das emissoras.
“Fará simplesmente uma classificação e uma referência ao horário para que a emissora possa observar, atendendo uma determinação constitucional de proteção à criança e ao adolescente”, disse Grace Mendonça, da Advocacia-Geral da União.
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão também apontou a inconstitucionalidade do estatuto. Disse que a competência da União deve ficar limitada à classificação, para que as pessoas posam saber a que público se destinam os programas. Mas não pode impor que determinado programa seja exibido em determinado horário.
O relator do processo, ministro Dias Toffoli, se manifestou contrário ao mecanismo da classificação indicativa imposto pelo governo. Mas salientou a responsabilidade das emissoras de indicar a faixa etária adequada. Ele argumentou que a própria Constituição já moldou os parâmetros para a liberdade de imprensa e para a proteção à criança e ao adolescente.
“É chegada a hora de pararmos de pensar sistematicamente que o povo deve ser tutelado pelo Estado, ou que o povo não tem capacidade de discernimento ou que o povo brasileiro em razão de condições sociais não teria a dignidade como ser humano de saber fazer as suas opções pessoais, individuais”, disse.
Disse ainda que não cabe ao Estado decidir o que as crianças e adolescentes podem ou não assistir. “Não deve o Estado substituir os pais na decisão sobre o que podem ou não os filhos assistirem na televisão ou ouvir no rádio. O Estado deve dotar os pais, as famílias, a sociedade como um todo dos meios eficazes para o exercício desse controle para que eles possam se envolver na discussão e na decisão sobre o que é veiculado”.
A sessão acabou suspensa porque o ministro Joaquim Barbosa pediu mais tempo para ler o processo. 
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A apresentadora Fátima Bernardes, 49, deve deixar a bancada do “Jornal Nacional”. A Folha apurou que ela alega cansaço na função. O anúncio pode ser feito em breve.
Procurado, o diretor da Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, disse num primeiro momento que não estava ouvindo direito a ligação.
Em seguida, sua secretaria ligou para a reportagem. Disse que ele estava numa reunião com a cúpula da empresa e que, por isso, não poderia conversar.
O diretor da Central Globo de Comunicação, Luiz Erlanger, também não retornou. Seu secretário disse que ele esta num compromisso importante e por isso, incomunicável.
Fátima Bernardes entrou para a TV Globo em 1987. Ela passou pelo “RJTV”, “Jornal da Globo”, “Fantástico” antes de assumir o “Jornal Nacional”, em 1998, ao lado de seu marido, William Bonner, 48. Ela substituiu Lilian Witte Fibe na bancada.
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“Amor e Revolução” entra em sua reta final e não deixará saudades entre os executivos do SBT. Faltam apenas 31 capítulos para serem exibidos e muitos afirmam que o tempo poderia correr para o folhetim deixar logo a grade. A novela de Thiago Santiago está muito longe dos números planejados pela emissora e terminará como um dos piores retornos de audiência da TV de Silvio Santos. Na Anhanguera, são muitos os que defendem uma redução nos capítulos para que a novela saia logo do ar e entre em seu lugar séries até a programação especial de verão que estreará no dia 16 de janeiro. Mas isso jamais acontecerá porque, como sinal de amadurecimento empresarial, o SBT decidiu manter a novela no ar até a sua conclusão.
O fiasco de “Amor e Revolução” é assunto de conversas dentro e fora do SBT e divide opiniões. Há quem acredite que a novela não deu certo porque o autor exagerou na violência com cenas fortes de tortura e que a ditadura é um tema com pouco apelo para o público. Nas conversas sobre o folhetim também é muito comum ouvir que momentos polêmicos (beijo gay, por exemplo) serviram mais para afastar o telespectador do que para gerar repercussão.
O fato é que, independente das diversas teorias, “Amor e Revolução” é a prova concreta de que novela só acontece quando está no ar porque no papel tudo pode ser perfeito, mas se não há química com quem está em casa, a coisa não funciona. Outra conclusão, e a mais óbvia, é que não adianta produzir novelas se não tradição da emissora em exibi-las e não há uma indústria pensando nos próximos títulos. Para o SBT ter sucesso em novela, antes de mais nada, precisará entender que esse não é o tipo de produto que pode surgir e desaparecer da grade. É fundamental ter compromisso com os noveleiros.
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